Ontem a vi.
Meu coração pouquinho que é.
Sonho em amadurecer.
Cresci sabendo que morrer é ruim.
Ontem foi.
Já não costumo amar as coisas.
Deixo sair pela boca o ar.
Eu sopro nas narinas do meu filho.
Ele, quase não consegue respirar.
Ai amor!
Talvez o ressurgir não seja tão difícil,
Não é mesmo?
Então esfrego mais os olhos diante dela.
Me vejo tão distante dessa projeção de ser.
Vivo me confundindo nos olhares ardentes
E a rua me parece tão perigosa pra olhar de perto.
Finjo acreditar enquanto meu caminho entorta a cada
Passo. Cumpro com meu dever de existir. Durmo com
A vontade do encontro. O que esperar daquela que já é outra?
Embora o acalentar da minha imaginação seja apenas renúncia
Meu corpo supõe a troca do desejo pelo de novo.
-Quem somos nós depois dessa distância toda, meu bem?
Eu sorri.
sábado, 1 de dezembro de 2018
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