não quero lembrar do asco de vê-las
sempre com ar misericordioso de que
foi um momento de raiva ou sei lá quê...
Não quero sonhar com você.
Você é uma realidade cruel e sobre
isso tenho pleno lugar de falar.
Sinto muito não sentir tanto.
Algum momento vou sentir
mais e talvez eu te procure
bêbada, utópica e destoante
do seu possível cotidiano.
Mas não quero ir ao seu encontro.
Porque eu já faço bastante o papel
de ir atrás, estando certa ou errada
nos contextos que criamos.
Não quero te ver e meus olhos doem
em pensar isso por uns instantes.
A pessoa a quem se ama não é um
mundo menos caótico.
Me desalinho ao te buscar dentro de mim
como se não bastasse você está em todos
os lugares que minha visão ocupa.
Gostaria de falar de você como minha amada,
como a paixão da minha vida, mas não posso,
não quero lançar seu nome ao vento.
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