A demonstração explícita da minha força me deixa cansada.
Então a solidão invade o espaço mais profundo da subjetividade.
E a saudade é uma palavra que quero aprender a usar.
Pois não se sente saudade do que machuca.
Daquilo que é navalha e deixa em carne viva.
Daquilo que é navalha e deixa em carne viva.
Ainda me pego romantizando a dor.
Cravando no meu corpo memórias tão insalubres.
Existe certamente um pouco de masoquismo.
Isso é ridículo!
Me satisfaço com algumas sobras de compreensão.
Afinal, ninguém tem obrigação afetiva por ninguém.
Contento ao escrever minhas histórias e fugir da terapia.
Sabemos que auto protege-se é também cessar fogo.
Demandar ao tempo a resposta para todos os percursos
é negar um pouco o trajeto da memória.
Não quero depender do meu ego para resolver os remorsos,
porque o tempo não advoga.
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