Íngreme, os sedimentos que caem
nos meus olhos também me alertam
sobre os cuidados que devo ter ao
subir.
Quando de pé, avistando a altura de
algumas superfícies, hora o medo vem
e a gente precisa de alguém que segure
nossa mão e diga: bora subir besta!
O transbordar do coração com afetos
pequenos ou um olhar atencioso
se torna natural e quente, então
me sinto livre.
Pontiagudos cacos já me feriram tanto
que não me interesso pelo
o que me lembra esse doer penoso;
é preferível reparar na beleza que nasce junto
ao sol e torna essa “coisa do corte” pueril diante
da imensidão que existe além, substancialmente
maior e não comiserado sem brilho ou texturas.
A montanha continua imóvel, mas meu olhar
para ela muda a cada novo amanhecer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário