Vês a reluzente lua? Esta que sob tua cabeça
e rente aos teus olhos se faz iluminaria da noite e da terra.
Com cordialidade se estende até mei dia, saudando o sol e
fazendo poesia.
Foi olhando pra lua que os teus olhos suaram! Diante da
sinceridade
cruel de outrem. A lua foi tua guardiã sucinta. Na hora
oportuna da
despedida e do desprezar dos amores teus, o luar foi teu
marido fiel
e tua esposa escrota que despejou sobre o teu ser -Magro e
largo de
lágrimas -toda mágoa que um dia tu fora a causadora.
A mesma lua presenciou o teu nascer, seu riso mais faminto e
absurdo pelo leite materno. O teu cai na tentativa de
caminhar;
E o teu levantar ao conseguir pegar a fruta do pé, designada:
Amor!
Foi a tua brilhantina nas noites de Carnaval. O beijo da tua
amante.
O choro da tua amada.
Foi a lua, lembras? E as estrelas e o mar, que não me deixam
mentir para mim,
nem para ti; nem a ninguém. Que ainda resta do Amor: as
correntes no chão,
os pedidos de perdão e o despedaçar do coração.
Que me viu queimar as tuas coisas, postas sobre mim agora os
afagos soberbos
das angústias e o gosto amargo das fagulhas venenosas que
entrelaçam o meu
viver.
Foi a lua, vil?! Não eu. Não você.
Foi ela quem traiu Joelma, por que não haveria de nos trair
também?
Quando pensares que fui eu, pense nela! Pois foi ela mais
que Deus
que nos deu a chance de mais um adeus...
Nenhum comentário:
Postar um comentário