terça-feira, 4 de agosto de 2015

Deitar

Sob o teu corpo a minha cura.
Do tempo de amargura ao leito de
loucura das tuas curvas desenhadas nas
ruas por onde a tua ausência grita.

Orla de Fortaleza, ponta do mar que segue
e leva até a barra o cheiro dos teus cabelos
sujos.

Ai, teu cheiro é saudade de casa...

Na areia sob a luz da tua lua, atribui a ti
o brilho de suas fases. faces e desfaces.
Incompreende meu ser, e de tudo ti fiz
dona, até da minha morte a tua suposta culpa.

Hoje deito sobre teu corpo inexistente.
Vejo teus olhos por cima dos colchões.
Durmo.

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