Eu, com sorriso no canto da boca e uma cara de quem nada viu.
Ela, passou e nem sequer colocou a vista em mim, passou e se fez
de louca e sorriu com braços dados.
Ficamos por mais de horas no mesmo espaço e uma ânsia me subia
de vez quando a garganta e por entre os lábios, os dentes trincavam
a minha amargura.
Por fora, podemos fingir quem somos por dentro, mas por dentro...
Ah, essa esperança imaculada, imortal e imoral que me toma e me
prende com seus braços largos e seus abraços diversos, me surpreende
nos sorrisos das crianças, no olhar atencioso do Meu Bem, e me leva embora
de mim na embriaguez de um vinho barato!
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