segunda-feira, 21 de março de 2016

Euss

Percorre o corpo

Movimentos retilíneos

Devagar

Respiração rarefeito e

Aquela vontade de cagar!

São fragmentos espalhados

Pedaços de ninguém

Um vaso rachado e flores, e chão

É cheiro doce, vazio e morre.

A friagem que vem me diz que

está, que eu não sou e pelo o que

parece, tá pra desabar e cair, no

mais profundo dos seres, no lago

cheio de serpentes e dentes pra se roer.

O corpo já não é mais

Couro que dá prazer

Sustenta o céu estrelado

um coro de almas nuas

de peitos cobertos e vulva

a aparecer.

Essa não sou mais eu

Nem mesmo reconheço o

meu retrato de dias atrás

Ela me disse uma vez que

tudo passaria como dia...

E passou...


Essa sou eu

Recriei a mim

Deusa.

Aqui imensos mares

para submergir gente.

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