
O oceano com suas águas salgadas e acidas,
viciou-me a carne. Contudo alegrou o meu sertão,
floresceu meus pequenos cactos, amaciou meus espinhos.
Um mar que corre dos seus dedos molhados
me fazem crer nalgum tempo em que foste
tu a deusa rainha das águas em que me banho
sem medo de afogamento.
Estava na beirada d'água quando suas ondas me
puxaram e me jogaram sem pudor aqui, nesse vilarejo
ribeiro onde dançam os velhos e jovens cultuam a tua imagem.
A beleza do teu colo sustenta a minha suposição, se ei de
morrer um dia que seja pelas tuas mãos lubricas o ressurgir da
mansão dos mortos!
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