terça-feira, 7 de junho de 2016

Cai

Mansinha ela.
Beija lenta os lábios.
Encharca os lençóis.
No assoalho um bilhete 
escrito a mãos tremulas 
repousava sem que o percebesse escrito:
nada!
Uma por uma brotavam e não tardavam 
cair 
cair
e cair,
até virar pântano e assusta-me com
a vermelhidão das olhos.
Era noite e dia, já não dormia em paz
e levantava aos gritos de consciência da fome.
Pedia pra morrer de vez, sem dor ou sangue...
Embora o processo parecesse vagaroso demais, 
não tropeçava na ideia de auto sabotagem.
Sentia-se desfalecer a vital força dos ombros,
e tombava agora num sono profundo que obteve 
bebendo suas próprias lágrimas misturada com limão e sal.
 
                                                                                     

                                                                                      Morreria embriagada

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