quinta-feira, 14 de junho de 2018

Ao veneno

Busco ao encostar na parede, suporta-la
e como se não bastasse cair, me viro num
instante para deitar pois não aguento tanto peso nos braços.

A cabeça é mais resistente quando tem alguém
que não deseja lamentar com obscuridade 
as inseguranças severas delinquentes e terna.

Rosto estático com oscilações oblíquas dos olhos e sobrancelhas, 
desde então noto o quão suave é rosto em movimento 
contrário das maçãs que repulsão a cada nova esperança

oh, quão cruel é tempo e seu tombo permanente em seio
farto e consciência desafetuosa ao passado próximo a mim 
em loop pontual de determinada lembrança.

Meus olhos desaprenderam a chorar!
Trago nas minhas mãos o resto de mim que sempre sobra
e deixo despencar no próximo abismo que cavei com meus
pés cansados de caminhar, calejados das inúmeras topadas

Embora minha esperança se torne crescente, meu rosto
envelhece, minha boca não saliva pela doçura do amor
e cada trago que a vida me oferece, eu torço... Pra nunca mais
voltar. 

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