quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Ao silêncio

Que são olhos atentos
Que cobiçam com destreza
A pressa do vento a vagar
distante pela cidade
Quem dorme ao som acalentoso
das ruínas e da insípida cerne do tempo?
Canso nas trêmulas noites e
de solidão em solidão
o silencioso abrir dos olhos me
transmuta e surpreende.
Não estou aqui como quimera,
a pureza dos meus olhos a muito se perdeu

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