sábado, 10 de agosto de 2019

Eu e eu me contando

-Não, não quero ser quem vai a porta e bate
Nem quem liga durante a madrugada só pra
Dizer alguma coisa breve, isso é inútil.

-Ok. Ninguém é obrigada a sujeitar-se como tal,
apenas reveja questões viáveis ao menos, porque
Achar algo "inutíl" nesse contexto, é uma grosseria.
Concorda?

-Escrevendo meus júbilos e furos
de uma juventude tão inoportuna...
Minhas certezas são como pontes
em que pulo e de uma por uma vão
sendo construídas através do alicerce
torpe da dubiez.

-Você a cada dia que passa parece planejar
coisas com uma perspectiva mais desejável do
que parece... Uma pessoa que se coloca numa posição
quase fetal pra falar sobre subjetividade criativa do ócio.
Chega ser lamentável, ver?

-Sim, nem me venha julgar
que isso não é possível,
afinal quem sabe realmente
o que quer até querer de verdade?

-iiih... Bom, até porque né... Esse querer que falas,
soa como vaidade; um bem almejado... Continuo sem
compreender para onde está indo esse diálogo. Quer por
gentileza me ser mais...

-Me auto consolo porque já tentei de tudo.
Ninguém me apetece o sentir mais forte e
profundo agora, então chega a ser
mais cômodo igualar-se nesse parâmetro
que estabeleci ser meu.
Portanto, quero deitar sobre o chão que
planeio com tanta destreza.

-Me interrompeste outra vez para falar sobre esse coração
Imaturo e fértil. Bem, você precisa apenas descansar essa
falta de coragem, esse ar de saber de si, mas não saber direito;
Essa vontade de abraçar o mundo com as pernas e parar de acreditar
no abraço do mundo.. Isso é uma lorota que nos contam ao
nascermos e temos que sustentar até... Cansar! Embora eu conheça
bem seus argumentos para não querer "a minha voz da razão", acho linda
sua maneira de expressar-se com leveza e fúria.

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