segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Duas colheres de café e uma pitada de açúcar

Essa mulher me odeia
Nesse contexto prévio até parece coisa ruim.
Mas num é.

Ao olhar nos olhos de uma mulher, não pergunte.
Não finja, não fuja, não vacile.

A qualquer percepção de orgulho, deixei-a.
Acene com atenção.
Se por acaso ela cruzar a próxima esquina e
não falar com você, siga seu caminho.

Veja, observe bem.
Não confuda.
Contenha sua lábia.

Se uma mulher me odeia, ela tem razão.
Ao contrário disto, seria eu a odiar uma mulher,
O que é pouco provável...

Eu abro minhas pernas.
Sugo e masco das entranhas de uma mulher
O sumo do que há de mais saboroso e denso e
Doce.

A profana mulher que lambe outra mulher divina.

Como a senhora minha mãe e minhas irmãs, tão
Lúcidas saberão que Eu uma mulher como uma mulher?
O cheio exala pela casa: Se mistura com o feijão e o arroz.
Atropela o vento que pensa ser rápido, mas não...
Acessa a porta da frente e a detrás, atravessa as janelas
Explode no nariz de quem sente.

Não somente ficarão dormentes, como também saberão
Que uma mulher que roda cidade inteira
Sobe ribanceira
Mergulha na cachaça dia de sexta-feira
Odeia uma mulher
Que ama sem contar pra ninguém
Porque se alguém souber...
Aiai ninguém precisa saber.

Uma mulher me odia.
Agora com esse contexto, não torne o ódio penoso.
Siga seu caminho e me encontre em algum...

Um dia ensolarado; água gelada; e lembre-se:
"Ao olhar nos olhos de uma mulher, não pergunte.
Não finja, não fuja, não vacile".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quando durmo

Aprendendo a gostar do efêmero  tanto quanto não me saciar no tempo  das coisas findas rapidamente.  E então me deparo, as vezes tarde demai...