Tateio o imprevisível amor
A lonjura do pensamento escorrendo
pela minha fronte feito corte na fonte.
A doçura e acidez resvalando pela parede.
Ao amor que guardo
Uma semente amarela num pedaço de algodão
Aguar e permanecer contente
Sem a espera, sem vontade materna
Caso viva, e não tenha fruto, que sirva
De sombra para quem anda cansada.
A perplexidade imatura do amor
Vinho seco é como espinho
Desce macio e cortante
Quando percebes já não amarga mais.
Prefiro a candura de quem corre sem
destino, deixando um rastro cheio e
Espesso. Por que tens pressa?
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