quarta-feira, 6 de abril de 2022

Deleita-te

A pele ainda arredia, doce. 
Substâncias líquidas penduradas em meus cabelos. 
Cheiro transeunte e toques refrescantes. 

Mil caos caíram ao meu lado e eu fui atingida! 

O corpo sonolento numa noite nublada. 
Afago e mordidas. Seio ouriçado!
Percorre o quarto um som complexo dos corpos
em movimento. 

Dentro e forte pulsa como uma grande nuvem 
carregada preste a jogar sobre o solo, toda água 
que fertiliza as semente e faz germinar o bruto 
fruto da paixão. 

Me toca meridiana, de ponta a ponta!
Suga com afeto as extremidades e os orifícios deságuam. 

Mata essa sede como quem vive no deserto e não te apressas em ir embora, deita 
as tuas mãos mornas no meu ventre e dorme.

Um comentário:

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