Meus pés pequenos,
a pedra escorregadia
Sentia aflição e
vontade de pular para baixo
Quem sabe assim esquecer
um pouco do fardo
Porque nem toda queda é
sobre cair de fato
Dedos entrelaçados,
rápidos a medida que
A água jorrava,
descendo ligeira e o
som era uma mistura
Pegajosa aos ouvidos
Nada ali era real, penso que
abriu uma fenda no tempo
E de repente eu adormeci sem
ao menos cochilar
Uma busca quase incessante
pelo entendimento do que
É cada sentir, por vezes atropela
a vontade de só estar
Não quero descer do alto onde
a abundância de manancial é
observada pelos pássaros e
árvores frondosas, quero manter
elevada minha cabeça sem perder
o chão, assim como as rochas
empilhadas por um fio invisível
sem nunca desmoronar.
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