![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggne5wJFqiM-jytYrWtU0odCEyO6oaXMIjz7hia9bF-1ShooAN2JvMTJQFO39foVChG3Dl1Ak1KXn8eew71WaBim6hPt-N1KrhQdumIQLTt_NsiEWGbanfYX23SnUpJltBYYRqPIH_2-sF/s400/passado.jpeg)
Estou desperdiçada sob a luz
dessa taberna e na brecha que
se alarga na escuridão, meu corpo
é a poeira rasteira a cegar os olhos da cidade.
Contém medos nessa cama, sem beijos de ninguém
e abraços próprios até os braços se encontrarem
nas costa.
No badalo do relógio, passos de dança a calar no
oco do tempo que passa... Passa... Passa. Sem ao
menos repetir essas horas cintilantes com vestígio de
pretérito!
Por que diabos havia de se repetir? Ora, o que jaz passado
não retorna como vassalo do vão querer, chega como calo:
permeia a tua calma até enlouquecer.
Quisera eu ser soberana da minha lucidez, logo não
precisaria de mais desdém de ninguém...
Mas louca estou! E sou sujeita incompleta deste corpo,
desse couro:
-Desça cama á baixo. Vira comigo presente?
Nenhum comentário:
Postar um comentário