terça-feira, 31 de outubro de 2017

negação

lamento torto de tentar tantas vezes quebrou-se
quando subiu no muro e viu a colheita ser feita 
na hora mais oportuna que havia
meio dia e alguns minutos se passara 
ninguém aparecia e nada era como antes

dentro da casa era tudo vazio nem os moveis 
que aos esforços monstros, não moviam-se 
para lugar algum ia 

alguém la fora pedia água


Calar feridas que gritam

quero calar e ouvir dentro o coração bater como num galope fissurado de vida ou sei la que pode acontecer pra deixar-lo esquecer a próxima paixão aquecer-lhe quanto menos esperar mais cedo demora o sentido que realmente poderia ter uma frase pequena do tamanho da existência da formiga devorando o mamão em cima da mesa de quem tem casa ou formigas para roer quem sabe suas pálpebras ainda cheia de lágrimas gotejadas de alegria vivenciada de poesia sem sintaxe eu não me importo que não saia porque meu quarto está cheio cheio de tralhas que quero doar de uma vez para alguém que usará de melhor grado afinal né a gente sempre usa algo de alguém com zelo que as vezes nem parece ser que dar um certo desgosto de está sendo esgotada aos poucos de tudo que é doce como a fruta que mesmo apodrecida tem o cheiro da sua essência
mal me quis o tempo e a doce ferida aberta que arpeja descomunal medida de alívio e satisfação, são estas:

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

o acabar

tento vasculhar na memória os fatos que marcaram
a geração. desfaço, cavo buraco espalho o rastro que
me trouxe até aqui.
neste momento chorar não convém e dentro do tiro
cabem várias risadas
alguma vazia
um rebuliço aqui e este lugar já era
a gente talvez vire a cara para a próxima vítima
e confunda a liberdade com prisão.
gosto de sentir a vida mas por vezes ela é
doente demais.
a ferida demora sarar
não bastando tantas, o coração exposto
sem entrar no corpo
conseguindo de novo, sabotar-se
penso que seja pouco
uma coisa esguia depois
e quente
fria
macia
sadia e inconstante

Quando durmo

Aprendendo a gostar do efêmero  tanto quanto não me saciar no tempo  das coisas findas rapidamente.  E então me deparo, as vezes tarde demai...