terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Amanhã tem cuscuz

Elevo meu pensamento para um lugar de conforto.
Trago pra perto amuletos e sons.
Ouço meu coração palpitar em leves batidas.
No choramingar noturno lembro de agradecer.
Permaneço calada: há um grilo que não para.

Logo será de manhã e o frescor balsâmico
das flores do Jardim de minha mãe correrá pela casa. 
O rádio de meu avô sendo ligado
e em cantigas inventadas ele
conduz seu corpo rígido e lento até o banheiro.

A massa molhada descansando.
Estou cansada.
Cedinho minha irmã acorda
e coloca pra cozer o alimento.
Estou cansada.
Chorosa e faminta agora. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quando durmo

Aprendendo a gostar do efêmero  tanto quanto não me saciar no tempo  das coisas findas rapidamente.  E então me deparo, as vezes tarde demai...