segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Abrir os olhos para não morrer no sonho

O sonho é um trânsito de ideias inconsciente do cotidiano ou é um alerta as camadas de fragilidade, ou ainda: uma maneira de esconder-se nas nuances que o vórtice de algo que pode gerar?

Acredito nas três possibilidades e até nas outras que podem haver. 

Se deparar com uma situação onírica com recortes das atividades reais, as vezes é um baque. 

Quando a simulação recriada durante o sono traz questões para se refletir, sinto a necessidade de parar e observar, sem julgar. 

É óbvio que não se pode juntar os cacos de algo quebrado e nem por este dizer que a inteireza seja magicamente obtida. 


Não se pode! 


A importância de perceber que dentro do sonho podem conter signos que remetem a uma complexidade maior do que a vivida, também garante que o corpo sinta comunique, distancie ou até mesmo co-crie o sonho.

 

O perigo está em não conseguir romper com a ideia que se formou para que o sonho tenha vindo com uma mensagem tão forte. 

Uma série de ações ou pensamentos podem ter sido o condutor deste momento, que por algumas vezes, traz para o sensível uma estranheza. 


Quebras podem acontecer, assim como as vastas tentativas de conciliar realidade x onírico de forma a não comprometer os vínculos. 


Meus medos não me definem, meus traumas e angústias não são o combustível de dor ou ferida. Ser reativa é legítimo, estar em estado de alerta para alem do centralismo das relações.


Questionar sempre, não se fazer detentora de verdade alguma. 

Respirar no novo e não colocar sob o julgo do passado os próximos passos. 

Compreender e ser aberta ao que realmente pode ser bom e se de repente tudo desmoronar, pensar estratégias agora pra ter onde cair sem machucar tanto. 

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