quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Leve e calmo caos

Meus pés pequenos, 
a pedra escorregadia 
Sentia aflição e 
vontade de pular para baixo 
Quem sabe assim esquecer 
um pouco do fardo 
Porque nem toda queda é 
sobre cair de fato 
Dedos entrelaçados, 
rápidos a medida que
A água jorrava, 
descendo ligeira e o
som era uma mistura
Pegajosa aos ouvidos
Nada ali era real, penso que 
abriu uma fenda no tempo 
E de repente eu adormeci sem 
ao menos cochilar 
Uma busca quase incessante 
pelo entendimento do que
É cada sentir, por vezes atropela 
a vontade de só estar 
Não quero descer do alto onde 
a abundância de manancial é 
observada pelos pássaros e 
árvores frondosas, quero manter 
elevada minha cabeça sem perder 
o chão, assim como as rochas 
empilhadas por um fio invisível 
sem nunca desmoronar. 

Quando durmo

Aprendendo a gostar do efêmero  tanto quanto não me saciar no tempo  das coisas findas rapidamente.  E então me deparo, as vezes tarde demai...