domingo, 15 de janeiro de 2023

Pensar em existir: o que é o fim?

A mente humana tem subdivisões geométricas, elétricas e paranormais. 

Me deparo com a respiração e o som do corpo: com a dispersão causadora de fissuras efêmeras oriundas do desejo e em alto relevo as possibilidades da consciência, cognição desmantelada por diversos métodos coloniais. 


Chorei um pouco 

Senti um engodo

Torço para que tudo vá nas águas mornas 

que desprendem-se dos meus olhos. 

Queria rasgar entre os dentes essa sofreguidão e gritar até explodir. 


Não consigo falar 

As palavras pesam em minha língua

Espinhos, lamúrias, delícias e 

nada seca meus olhos. 

Ônus de pensar e após, falar, explicar, discorrer como se tivesse sempre que fazer sentido, e eu não quero. 

Lembranças da infância vem e sinto que a qualquer momento não irei mais resistir. 



sábado, 14 de janeiro de 2023

Alhures

Em mim, encontro de ondas
Água quebra; mole não é
Sinto 
Cansada cansada cansada 
Sem energia para fazer piadas sobre
o tamanho da minha dor
- olha ela lá…

Correndo 
me perdendo me perdendo me perdendo 
Dentro de mim nenhures é remédio 

Tudo espiralando pelo atlântico 
até afetar-me a espinha 
abrindo mais a ferida tão 
exposta que transporta memórias 
corroídas pela maresia.

O cicatrizar é doloroso demais 
quando penso no oceano;
o balanço, a maré cheia
aquele vento que outrora batia
leve em meus cabelos, agora leva
os pedaços de minha pele descamada.

Sem farol sem farol sem farol 

Nada ao redor
A vermelhidão 
dos meus olhos salgados
Suados…
 
Compreender o afundar e tocar com o
dedo mindinho no chão;
E garantir um pouco de ar nos pulmões 
servirá para avistar novamente uma terra 
qualquer em algum lugar.





Rugar

Quero viver sem pensar em um abrigo  nenhum lugar as vezes eu contorno a mesma rua  pra tentar chegar aqui Percebo que me perco  caminho mes...