tanto quanto não me saciar no tempo
das coisas findas rapidamente.
E então me deparo, as vezes tarde demais,
com o peso das coisas;
quando algo esbarra na minha frente ou
quando tropeço nos escombros que amontoei
pensando no amanhã.
Estou cultivando um pouco sementes
de maracujá, pitanga, urucu e pipoca.
Mexendo na terra como quem pega no
coração e dá uma sacolejada, porque nem
toda terra é adubada o bastante e nem
todo coração é arraigado de sangue para sempre;
logo se faz necessário o toque para sentir.
Tenho abraçado meu corpo em silêncio e
observado as colisões do gesto comprimindo
nesse abraço um pedaço do mundo inteiro
vivendo dentro de mim.