terça-feira, 22 de setembro de 2015

Eu lírico

Aceito a desordem, essa neorose do capital. Decomponho sob medida os meus calos e diante da decomposição do sistema, sou penitenciária.
Sou sujeita desse jogo de cobras cegas.

Há alguém que está sendo girado e gerado em um útero estéril (?); uma árvore mãe de frutos podres, igualmente ao pai. Herdarão uma terra boa, pois seus donos detem hectares vastos.

De contra partida, as boas sementes serão jogadas em quintais alheios. Gerando o grão genuíno para a burguesia comer.

Bando de carniceiros. Em tempos de crise existencial, a crise econômica é mera: projeção do ser corruptível, egoista e subjetiva, como Eu.



segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Compulsão

Eu chuparia um canavial 
E morreria doce.
Se possível fosse, 
Me faria sua vítima.
Me cortaria os pulsos 
E derramaria meu sangue
Sob as calçadas sujas que
Acolhem os mendigos sujos
De Fortaleza.
-certamente morreria antes de chupar
o canavial e cortar os pulsos...
Afinal, a cada dia que vivemos, morremos.
Viver é uma replica suicida!

Relógio

Hoje: eu fui...
Amanhã: não vou.
Ontem: Passou,
E já respiro melhor.
Amanhã: Não veio.
Hoje: já partiu
Ontem: passou e ninguém viu.
Sumiu.
Ontem: Jurei outra vez mentiras
Verdadeiras mentiras, verdades!
Hoje: Não jurei, apenas menti.
Amanhã: Não jurarei, nem mentirei.
Para as angústias contidas
Na temporada das coisas do
Tempo e nas coisas que invento:
Parei...
Dessa vez serei Rei no meu relógio infeliz!

Logo digo...

O amor é a besta fera.
O anticristo.
O pão que o diabo amassa 
Todos os dias.
O pecado delicioso.
A fruta proibida.
E...
Hahaha, um inferno em céu.
No meu e no seu cu.
Amor é água de chuca, já ouviu falar?
Pois é...

O Amor é aquele resto
Que sobra do beijo. Aquela saliva!
É um pedacinho de carne entre os dentes.
Que se deixar, apodrecerá a boca inteira.
Somado ao deslizar das mãos nas costas,
O Amor, por assim dizer, é lampejo de prazer.
Ainda mais sofrido, o Amor é um perigo...
E quando menos imagina, ele está aí:
Fazendo da carcaça da gente o que quer.
E há de deixar apenas um pé, pois da cabeça
E do corpo quase todo já tomou de conta.
Posso até fazer de conta, mas eu Amo aquela
Mulher.

Amo de todas as formas... Boas e ruins!
Porque diferente do que dizem por aí -essas
In-verdades do Amor, que nele não há ruindade,
Faço-te uma proposta: Ame de verdade ou de
Mentira, mas saiba sempre de uma certeza,
No Amo há sim, longevidade de tristeza.
E felicidades entristecidas...

Essa minha estima pela dor...

Como um absorvente sujo
Retendo o meu sangue que escorre
Vorazmente pelas pernas bem desenhadas.
Supondo minhas cólicas internas.
E as madrugadas enclausuradas no quarto.

Chego por fim a ouvir o choramingar
Dos grilos, uníssona melodia aos meus
Tediosos gemidos -Mera satisfação calar-me.

Ainda mais tarde é ousar da dor como:
Amarras e sobretudo impor ao tempo minha
Desilusão compulsória - ilusão. E ao destino cruel:
Meus pêsames.

Solidão: Silêncio na Medida

É um absurdo submeter o deslocar das
Mandíbulas para mastigar vestígios sólidos
De Solidão. Porém existe uma facilidade inerente
Para ingerir, e assim perceber o quanto este
Fruto faz bem ao coração.
Jamais se interdita o Silêncio
Que atrapalha a ordem do barulho.
A Medida é essa:
Se voltas sozinha depois que já amanheceu,
Der adeus aos passos teus e cancela a próxima
Saída. Vá mastigar sua Solidão no Silêncio, sem excesso, na Medida!
Porque só fostes, só és e sois virão...

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Pontos de vista

Você já entrou em um banheiro público?
Na sua casa já faltou água?
Gostou do seu cheiro?

Tudo que produzimos é lixo!
Somos um saco de bosta!
Somos a merda que boia nos bueiros
que jorram para o mar. Que em dias de
chuva, o lixo que entra e destrói o que produzimos:
O          QUE           CUSTA           CARO.

Estamos nas lagoas, alimentando os carás!
Bebemos o nosso próprio xixi!
Defecamos sobre os nossos corpos, mendigos
de si mesmos!

Possível não identificar o que o não somos...
Seres humanos: pensantes, traficantes, bandidos,
sonegadores de sentimentos e pagamos muitos impostos...
Negras e negros. Brancos e brancos...
Gays, Lésbicas, Trans, Bis. Quer bis?
Bonitas(os). Ainda por cima subjetivos.
Objetos de um mercado em estados de falência múltiplas
de ilusão, a uma alusão de inclusão e distribuição
de renda fácil, eficaz e destruidora!

Uma máquina única. Com os seguintes comandos:
-Nascer
-Pensar
-Aprender
-Reproduzir
-Construir ou desconstruir
-Usar drogas
-Ficar doente psicologicamente e física
-Sentir a vinda ir
-Chorar ou sorrir
-E Morrer

O resto...
Fruto de nossa projeção!
Hahaha

O cômico não existe.

Nessa cena rapá, todo mundo mundo se fodi.
Já parou para pensar?
O que é viver?
Aparentemente um estado de "crise existencial"
Ninguém atenta para os corpos que caem sobre
os corpos que não existem mais?
Impossível andarmos num mar de ossos e decompostos de
nós mesmos.

Animais, vegetais, os dinossauros (não é mera culpa do acaso
esses seres existirem nalguma parte da criação) logo, não teria
sentido algum ele está nesse "texticulo"). Tudo, absolutamente
tudo está debaixo dos nossos pés agora.

MATÉRIA   PRIMADA,    IRMÃ    DO   FEITOR   DESSA   CARNE .

Fora o que nossa suposta história humana dita.
E o que sentimos sobre a vida.
E pra onde vamos depois que a mente parar (?)
E... E... E... E...E...etc

Ecoa agora uma séria de perguntas.
Mas chegou a hora de viver.



                                                                                               Escrever é um lazer a parte,
                                                                                               Pensar é arte abstrata demais
                                                                                               Uma brincadeira séria. Pesada

Quando durmo

Aprendendo a gostar do efêmero  tanto quanto não me saciar no tempo  das coisas findas rapidamente.  E então me deparo, as vezes tarde demai...