sexta-feira, 19 de junho de 2020

Tarde quase noite

A saudade é como um ônibus que atravessa o sinal vermelho depois de meia noite.
É saber que ninguém vai aparecer pedindo pra você ir mais devagar.

Contento ao cheirar os lençóis lavados e recordar a infância...
É satisfatório lembrar o cheiro das roupas lavadas das mulheres que amei.

A saudade é como uma rede armada na frente de casa, de uma árvore para o muro... O sol quando desce ardente, corteja a parede que retém a cor e o quente, tornando o balançar menos denso.


domingo, 14 de junho de 2020

Afundando os pés

A bestialização se dá por acharmos que a outra pessoa tem consigo a resposta para qualquer impulso ou tragédia que acomete tais dias como este.
Observo que por consequência disto seja a frustração imediata. Devida sequência desordenada do querer, abrir mão do sentimentalismo egoico agora é sustentar a ideia d'uma sub dependencia que tem correlação com a negação.

- E acho que não estou preparada o suficiente pra falar sobre isso.

As pulsões elétricas gerada pela ansiedade movimenta uma carga energética tão potente que as frequências cardíacas aceleram numa constância incomum a velocidade do pensamento. Os músculos não atendem aos meus comandos e toda sensação  fatídica é fatídica!


sexta-feira, 5 de junho de 2020

É... talvez aconteça

Eu esquecer a chave de casa em outro bolso e ter que... Destelhar e torcer para que a porta não esteja trancada por dentro.
Ou precise esquecer a chave do meu coração em qualquer lugar onde não haja sequer jeito para encontrar.
De repente já esqueci a cronologia do tempo nesse confinamento, não compareci ao compromisso marcado por pura falta de olhar o relógio e reparar que agora venho deixado de lembrar de olhar o relógio e ter que alinhar meu dia a esta grande ampulheta em que se esconde os períodos vigentes da crença no futuro e o remédio do presente e por este motivo mesmo acabe toda a minha lembrança.

Quando durmo

Aprendendo a gostar do efêmero  tanto quanto não me saciar no tempo  das coisas findas rapidamente.  E então me deparo, as vezes tarde demai...