que ao voarem, dissipam toda pequenez
do tempo em suas asas
batendo batendo
Nesse movimento deixam cair
algumas penas velhas e não se importam
se quer com elas.
Gostaria de ter a visão dos pássaros
que enxergam a direção do pouso em
lagos verdejantes, água fresca
sem medo de jacarés.
Eu sinuosa desnudo o seio para
que lambam em vagareza e
mesmo assim não me contento
com as demasias da vida carnuda
em meu corpo espinho agudo
Transmuto a dor em ponte
e suplico para que minhas asas
não sejam cortadas pela faca cega
do apego aos caminhos tortuosos
da paixão pela terra