a luz amarela de frente pros meus olhos
como um farol cortante e morno.
Instantes-quase
depois
meus olhos
saltaram
súbitos
pelo
clamor
agudo
de uma imagem rapina.
Tua!
O teto do quarto dava vista
a serpentes douradas em bando,
teus cachos, teu corpo coberto
por um tecido dourado que caía em franjas,
tão vivas e absorvendo um forte cheiro de ouro e de floresta.
Teus olhos elegantes iam e vinham,
de cima, preenchendo todo o quarto!
E eu estática na cama,
arisca de pavor e desejo.
Eletrizada!
e ensandecida
querendo
erguer-ranger-tanger
e não podendo.
Por: Tatiana Dourado