No pulso distante que meu coração tange, sinto o amargo,
e o doce me vem como uma leve brisa, trazendo de longe o perfume
de meu bem.
Por hora acesso às memórias do que restou do amargo e o fúnebre
frio desta chuva rasga-me impiedosamente.
Contento olhar as estrelas que aparecem de vez em quando no céu.
Suporto aquilo que traga minha consciência e deixá-la cair me parece
cruel.
Oh, há tanta lama nessa cidade...
Oh, quão perturbante é o desejo...
O centro está coberto de amor, mas
acima dele existe um monstro que culpa
e corrompe as mãos frágeis daqueles que
não sabem ler.
O pulso cortante
Coração acelerado
Caracóis lerdos em meu estomago.
Receita para viagens longas:
- Alguém que não me cuspa, nem engula.
- Que aprecie a minha maneira de deitar sobre
os cacos e sangrar...
- Aceitando o que é doer, e sentindo por dentro
o abrasar do amor: tão valente, corajoso; sem cantar Vitória!
quarta-feira, 27 de março de 2019
terça-feira, 19 de março de 2019
Coisas finais
Um bar
Na cerveja, certezas.
A rua quase deserta.
O mar de gente desperta a ânsia.
Conversas que nascem na noite.
Frio dentro de mim.
Cortejo a moça mais próxima.
É só lábia.
Poesia sou eu.
Carrego a solicitação do fim.
Corpos negros...
A madrugada chega rápido.
Pode apostar suas fichas hoje.
Estou triste
Estou triste
Estou triste
Nada feliz.
Tudo na mentira é verdade.
Você suou os olhos, querida.
Seja talvez quem sabe, sua intuição.
Inflamando meu coração como a chuva no fogo.
Minhas escolhas acolhem.
O medo distorce o conforto, pode crer.
Há merdas no caminho, melei-me e isso basta.
Logo não durmo, embora curto se faça o sono.
Bebericando e não ébria.
Sufocando e não surda.
Amanhã é meu primeiro dia, de todos.
Na cerveja, certezas.
A rua quase deserta.
O mar de gente desperta a ânsia.
Conversas que nascem na noite.
Frio dentro de mim.
Cortejo a moça mais próxima.
É só lábia.
Poesia sou eu.
Carrego a solicitação do fim.
Corpos negros...
A madrugada chega rápido.
Pode apostar suas fichas hoje.
Estou triste
Estou triste
Estou triste
Nada feliz.
Tudo na mentira é verdade.
Você suou os olhos, querida.
Seja talvez quem sabe, sua intuição.
Inflamando meu coração como a chuva no fogo.
Minhas escolhas acolhem.
O medo distorce o conforto, pode crer.
Há merdas no caminho, melei-me e isso basta.
Logo não durmo, embora curto se faça o sono.
Bebericando e não ébria.
Sufocando e não surda.
Amanhã é meu primeiro dia, de todos.
domingo, 10 de março de 2019
Ou talvez
Não tenho chorado bastante durante os lutos putos
aos quais me lambem a vagina e o gozo imaturo do instante
Esteja me sufocando a ponto da minha cara não expressar o nada
diante daquilo que costuma ser o meu deleite carnal.
Amanhã quando eu ver as pessoas que parecem comigo:
as pessoas descabeladas, esfomeadas, exageradas e infelizes
Quem sabe desejando mais um pouco de tristeza neste prato fundo
em que como e o sacear não chega, não me consuma também e
por inteira eu me entregue e seja por um descuido a rotina minha obsessão
e contudo não enxergue sequer a luz do dia.
Quando puxarem o meu corpo negro-frágil e vacilante-insensível; quando
me aguardarem fechar o ciclo outra vez até saturar o momento que me persegue
cruzando os caminhos; traçando rodas desconhecidas e causando uma fratura
tão exposta que da maior distância que fica entre o sonho e a queda, dê pra ver.
me aguardarem fechar o ciclo outra vez até saturar o momento que me persegue
cruzando os caminhos; traçando rodas desconhecidas e causando uma fratura
tão exposta que da maior distância que fica entre o sonho e a queda, dê pra ver.
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