A lembrança do que me vem.
Atrevessa.
Ruas comprometidas.
O sol.
Distancio pensamento.
No caminho um labirinto se fez.
Havia o escuro e era deserto.
Eu me perdi!
O vento em meus olhos.
Cansada.
Amarrei os cabelos.
Suor escorrendo no peito.
Um aperto.
Sinto saudades da infância.
Atraso passo.
Não me vem o choro.
Não me comovem as dores.
O frio das palavras.
Doçura, por que vós sois amarga?
Não toca.
Nao toca.
Não toca.
quinta-feira, 21 de novembro de 2019
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
Duas colheres de café e uma pitada de açúcar
Essa mulher me odeia
Nesse contexto prévio até parece coisa ruim.
Mas num é.
Ao olhar nos olhos de uma mulher, não pergunte.
Não finja, não fuja, não vacile.
A qualquer percepção de orgulho, deixei-a.
Acene com atenção.
Se por acaso ela cruzar a próxima esquina e
não falar com você, siga seu caminho.
Veja, observe bem.
Não confuda.
Contenha sua lábia.
Se uma mulher me odeia, ela tem razão.
Ao contrário disto, seria eu a odiar uma mulher,
O que é pouco provável...
Eu abro minhas pernas.
Sugo e masco das entranhas de uma mulher
O sumo do que há de mais saboroso e denso e
Doce.
A profana mulher que lambe outra mulher divina.
Como a senhora minha mãe e minhas irmãs, tão
Lúcidas saberão que Eu uma mulher como uma mulher?
O cheio exala pela casa: Se mistura com o feijão e o arroz.
Atropela o vento que pensa ser rápido, mas não...
Acessa a porta da frente e a detrás, atravessa as janelas
Explode no nariz de quem sente.
Não somente ficarão dormentes, como também saberão
Que uma mulher que roda cidade inteira
Sobe ribanceira
Mergulha na cachaça dia de sexta-feira
Odeia uma mulher
Que ama sem contar pra ninguém
Porque se alguém souber...
Aiai ninguém precisa saber.
Uma mulher me odia.
Agora com esse contexto, não torne o ódio penoso.
Siga seu caminho e me encontre em algum...
Um dia ensolarado; água gelada; e lembre-se:
"Ao olhar nos olhos de uma mulher, não pergunte.
Nesse contexto prévio até parece coisa ruim.
Mas num é.
Ao olhar nos olhos de uma mulher, não pergunte.
Não finja, não fuja, não vacile.
A qualquer percepção de orgulho, deixei-a.
Acene com atenção.
Se por acaso ela cruzar a próxima esquina e
não falar com você, siga seu caminho.
Veja, observe bem.
Não confuda.
Contenha sua lábia.
Se uma mulher me odeia, ela tem razão.
Ao contrário disto, seria eu a odiar uma mulher,
O que é pouco provável...
Eu abro minhas pernas.
Sugo e masco das entranhas de uma mulher
O sumo do que há de mais saboroso e denso e
Doce.
A profana mulher que lambe outra mulher divina.
Como a senhora minha mãe e minhas irmãs, tão
Lúcidas saberão que Eu uma mulher como uma mulher?
O cheio exala pela casa: Se mistura com o feijão e o arroz.
Atropela o vento que pensa ser rápido, mas não...
Acessa a porta da frente e a detrás, atravessa as janelas
Explode no nariz de quem sente.
Não somente ficarão dormentes, como também saberão
Que uma mulher que roda cidade inteira
Sobe ribanceira
Mergulha na cachaça dia de sexta-feira
Odeia uma mulher
Que ama sem contar pra ninguém
Porque se alguém souber...
Aiai ninguém precisa saber.
Uma mulher me odia.
Agora com esse contexto, não torne o ódio penoso.
Siga seu caminho e me encontre em algum...
Um dia ensolarado; água gelada; e lembre-se:
"Ao olhar nos olhos de uma mulher, não pergunte.
Não finja, não fuja, não vacile".
terça-feira, 5 de novembro de 2019
Negramar
Quando me falta chão. Imagino o mar.
Penso que sobretudo os pés, não sabem perder-se.
Na minha casa é uma gota de cada vez.
O quintal é uma bolha soterrada como flor.
Minha cabeça vaga.
Outro dia só faltei correr doida...
Hoje fui feliz uma vez!
Consegui ouvi o som que me faltava:
de uma lágrima, isolada; distante.
Falseava, debruçada na janela, quase
esquecida.
-Você já gritou dentro d'água?
O corpo tem mais água do que um rio,
não há possibilidade de conter o grito.
-Você já gritou dentro d'água?
segunda-feira, 4 de novembro de 2019
Quem somos dentro da noite?
Traçamos com os pés, caminho de fuga!
De uma esquina para outra, no entorno
da rua Padre Valdivino e João Brígido,
há demasiadas estruturas que comportam
a insegurança de muita gente.
No gole ardente da cachaça
Na perna que roça por debaixo da mesa.
Por vezes beliscando a ponta dos seios.
Por vezes deitando no ombro.
Cantando!
O gozo sadio das manhãs
Gosto forte das entranhas
Supostamente nadamos
Supostamente afogadas.
Fugindo do flagrante eminente
Segurava em uma das mãos um resto de
esperança, e na outra uma bolsa...
Esperava na ponta da rua a chegada
De uma esquina para outra, no entorno
da rua Padre Valdivino e João Brígido,
há demasiadas estruturas que comportam
a insegurança de muita gente.
No gole ardente da cachaça
Na perna que roça por debaixo da mesa.
Por vezes beliscando a ponta dos seios.
Por vezes deitando no ombro.
Cantando!
O gozo sadio das manhãs
Gosto forte das entranhas
Supostamente nadamos
Supostamente afogadas.
Fugindo do flagrante eminente
Segurava em uma das mãos um resto de
esperança, e na outra uma bolsa...
Esperava na ponta da rua a chegada
Corri sozinha e a chuva lerda não me pegou.
Atravessei a rua com meu corpo quente olhando para os lados
e as pessoas cegas de medo, atravessaram também.
e as pessoas cegas de medo, atravessaram também.
Senti amargo gosto, amargo caminho.
Cortei a avenida carregada de fadiga.
Respirei
expirei o ar nojento que triscava a ponta do nariz.
Cortei a avenida carregada de fadiga.
Respirei
expirei o ar nojento que triscava a ponta do nariz.
Prendo cabelos meus
Não há corpo pra tocar
Noites inquietas.
Mesmos olhos.
Evito falar sobre.
Respiro.
Ao sentar, um pedido:
Não avalie meus movimentos.
O costume lhe fez exímia:
Contempla marcas e desfarsa dor.
Vos trago.
Somente vagas pois não estou.
Lembra-te do que sinto.
Não deixo passar um contorno.
Teu maxilar é lindo.
Mãos perdidas
Boca
Mesmos olhos.
Evito falar sobre.
Respiro.
Ao sentar, um pedido:
Não avalie meus movimentos.
O costume lhe fez exímia:
Contempla marcas e desfarsa dor.
Vos trago.
Somente vagas pois não estou.
Lembra-te do que sinto.
Não deixo passar um contorno.
Teu maxilar é lindo.
Mãos perdidas
Boca
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