segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Inconsciência

É distração esses momentos de vida.
Ora, se nos puséssemos a pensar a longo prazo
já estaríamos mortas.

Há tanto o que se falar e no entanto a mim cabe
melhor o silêncio como respostas as minhas
sonoras perguntas.

Se claro, não nos conformemos em viver,
obviamente o que nos resta?
Seria ingenuidade da minha parte e da sua
caso não saibamos o que se passa em nossos
próprios consentimentos aqui.

E aos sentimentos que nos foram dados
(acredito que faz parte ainda das distrações)
a este foi concedido o fim e começo das relações.
Se não:
O frio de nossas conversas paralelas seria
tão grande quanto a água do oceano, que
uma data de noite matou mais de mil.

"Devo ser adepta do romantismo, só pode"

Consciência (?)
-Larga de tanto drama, Kaya! Vai viver,
gozar das distrações impessoais e pessoais...
Larga mão da sorte, vive esse acaso sem nortes!


Tiroteio

Levei um tiro
Tomei um tiro
Bebi um tiro
Como tiro?


















Um olhar que se repete no meio da multidão.
Ao som de instrumentos melódicos,
a minha amada estava lá, como uma dama de ferro,
incorruptível e ao mesmo tempo, sua face leve refletia a
minha.

No instante que olhei não reparei se já me olhava,
mas parecia procurar algo que talvez não fosse Eu.
Tremi...

Levei um tiro
Tomei um tiro
Bebi um tiro

Como uma bala perdida foi o teu olhar ao encontrar o meu.
Só senti o impacto quanto faltou-me a respiração, a vista
escureceu e eu mole me debrucei no abraço de uma amiga
que me chamava há tempos...

Aquela voz longe, longe, longe...

Quando percebi estava eu no meio da multidão, ensanguentada
Minha amor...

Eu morri e foi você quem me matou aquele dia...
Aquela noite vazia em que os teus passos fugiam de mim.
A distância das duas praças, de Leões a Ferreira eu sofria...

Choras talvez o tiro que outra te deu.
A bala do seu ainda está alojada em minha mente,
explodida no coração.

Quero que também morras!
Mas não como morro a cada ausência de ti...





Teatro de nós

















Quero expelir de mim esta carne outra, já morta!
Vomitar os beijos; cuspir no rosto da bem amada
como forma de protesto...
-Por favor, lave a cara!

Essa madeira embutida na face que algumas pessoas tem,
esta que é forjada desde antes 405 a.C.
Esse teatro que nos sujeita: vis!

Logo digo:
-Não me convém as máscaras, a não ser que eu possa
fazer delas um montinho de sorriso e choros findos.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Beija os corpos que caem.

Esse gesto infalível de afeto e traição.
Cuida, cata teus caos. Reúne na tua
teia os míseros rebentos da tua fé:
Imaculada e inútil.

És tudo em tua cabeça, menos a cabeça de
outra na tua. E eu, continuo sendo somente
um corpo se debatendo no espaço.

Contenho lágrimas, espasmos e cólera!
Suponho brigas, memórias e histórias.
Daqueles que foram ceifados antes da
prevista colheita.

batatas de deus...

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O nada!




















































                                                                                                                                 No ócio
                                                                                                                                 Qualquer coisa
                                                                                                                                 Grita!
Meu bem, acuda!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Escape, pele e boca.

Desfaça logo esse laço, esse nó que nos agonia.
Tardia a utopia há de reinar sob nossos corpos
viciados em si dar, de bem ou mal. Quem dirá?


Que somos reféns de um sistema só. Em cárcere
privado de amor. No meu deserto flor de se plantar
Morreu!
E há quem diga que é sofrer, sobretudo unicamente
exponho com êxito a minha dor...


[...] é ribanceira teu corpo, que minha língua quer deslizar.
Tuas curvas em dias de chuva é de causar curto-circuito
se tocar.
Desprender-se da cerca a nos rodear é trabalho de dia
e a noite é embebedar-se frustrada.


Sem a mínima malicia escape,
Pele minha.
Boca -Se cale!


Quando durmo

Aprendendo a gostar do efêmero  tanto quanto não me saciar no tempo  das coisas findas rapidamente.  E então me deparo, as vezes tarde demai...