Topada no meio, dor...
perdi a inspiração
se foi no escarro
pelo ralo
caiu no chão, se espedaçou?
Agora desfaço
pisco o olho
o olho cai
sorriu com dentes pêndulos
por um guindaste
numa construção sem fim...
Um rio que desaba em algum lugar
E circula o sangue até coalhar
Destrincha-se o ultimo pedaço do corpo com facas afiadas e velozes
Na avenida o coração é lançado e alça vôo
Pra nunca mais pousar...............................
segunda-feira, 21 de março de 2016
Vale um olho na mão, do que um coração
Euss
Percorre o corpo
Movimentos retilíneos
Devagar
Respiração rarefeito e
Aquela vontade de cagar!
São fragmentos espalhados
Pedaços de ninguém
Um vaso rachado e flores, e chão
É cheiro doce, vazio e morre.
A friagem que vem me diz que
está, que eu não sou e pelo o que
parece, tá pra desabar e cair, no
mais profundo dos seres, no lago
cheio de serpentes e dentes pra se roer.
O corpo já não é mais
Couro que dá prazer
Sustenta o céu estrelado
um coro de almas nuas
de peitos cobertos e vulva
a aparecer.
Essa não sou mais eu
Nem mesmo reconheço o
meu retrato de dias atrás
Ela me disse uma vez que
tudo passaria como dia...
E passou...
Essa sou eu
Recriei a mim
Deusa.
Aqui imensos mares
para submergir gente.
Movimentos retilíneos
Devagar
Respiração rarefeito e
Aquela vontade de cagar!
São fragmentos espalhados
Pedaços de ninguém
Um vaso rachado e flores, e chão
É cheiro doce, vazio e morre.
A friagem que vem me diz que
está, que eu não sou e pelo o que
parece, tá pra desabar e cair, no
mais profundo dos seres, no lago
cheio de serpentes e dentes pra se roer.
O corpo já não é mais
Couro que dá prazer
Sustenta o céu estrelado
um coro de almas nuas
de peitos cobertos e vulva
a aparecer.
Essa não sou mais eu
Nem mesmo reconheço o
meu retrato de dias atrás
Ela me disse uma vez que
tudo passaria como dia...
E passou...
Essa sou eu
Recriei a mim
Deusa.
Aqui imensos mares
para submergir gente.
segunda-feira, 14 de março de 2016
Penumbra
Do meu telhado caem os retalhos que vento traz la das bandas da praia. Joga sobre chão os restos, a solidão. Dois corpos, um apenas, nu, de todas as noites caladas se abrem as bocas...
É um sopro de vida a raiar o dia. Outra vez, mais uma, dessa carne que a terra come e que parece insípida de Amor. Oh, se agora eu pudesse deixar por uns segundos de pensar na morte da bezerra, na fome, na sede dos que vivem na rua com o sol de tostar o quengo, nas tardes sujas de cu fedido.
Ah, se na noite que logo virá eu conseguisse penetrar a barreira da tua castidade imposta e te pôr pra dançar comigo sem riscos de errar o passo e errantes fomos e não mais somos quem dança. A gente corre e pula os muros do sentir, vamos pra longe e não tardamos a voltar, e se voltarmos... Que seja logo! Porque não vale chorar e ficar feliz sem o teu olho, e o meu...
É um sopro de vida a raiar o dia. Outra vez, mais uma, dessa carne que a terra come e que parece insípida de Amor. Oh, se agora eu pudesse deixar por uns segundos de pensar na morte da bezerra, na fome, na sede dos que vivem na rua com o sol de tostar o quengo, nas tardes sujas de cu fedido.
Ah, se na noite que logo virá eu conseguisse penetrar a barreira da tua castidade imposta e te pôr pra dançar comigo sem riscos de errar o passo e errantes fomos e não mais somos quem dança. A gente corre e pula os muros do sentir, vamos pra longe e não tardamos a voltar, e se voltarmos... Que seja logo! Porque não vale chorar e ficar feliz sem o teu olho, e o meu...
Amó-ti
Come vivo
Cospe inteiro
Pela metade
Morto vivo
Caga o ser
No ser
Nascendo pura merda
(Desenvolvendo calos
Sendo Fridas
Ganhando a vida
Na esquina mal iluminada.
Quem vem de ônibus ver, pensa e passa:
-Há um bar inteiro a sua
espera.
E carros)
Caros corações conduzidos
Pela leve esperança.
Humanitário, Diríamos esse amor?!
Vou buscar minha fulô
Nas entranhas desse bicho.
Porque tal amor é esquisito, precipício de se matar.
Enforca mar,
dar rasteira vasta de sorriso, djabeisso?!
Será possível...
(Voltei
Respirei
E o amor
Ficou!)
Está pra avuar feito borboleta em flor.
O que fazer?
Numa manha atordoada ela dar sinal de vida. Sobe no ônibus e não havia comido nada,
a não ser de ontem a comida requentada. Tomara água apenas cedinho, talvez para não
morrer de barriga vazia... Mas não tardou a jogar tudo de ontem e hoje no chão, um jato de vomito
que a deixou desorientada. Cambaleava e levantava-se para descer na próxima parada sem rumo.
Descera por traz, sem pagar passagem!
-Eu enojei, engoli seu vomito e ela talvez morrerá, disfigurada, negra, encachaçada pra conter a fome.
Há mais dinheiro pra uma dose de sofrer naquele corpo pouco e cheio de veias a parecer?
Sem que ao menos alguém passe e lhe ofereça um sorriso sem graça, a desgraçada mulher que foge todos os dias do amanhecer e anoitece nas ruas, na chuva, no ônibus, na minha e na tua desconfiança.
-Minha cabeça roda e explode nas minhas mãos... Eu não faço nada...
a não ser de ontem a comida requentada. Tomara água apenas cedinho, talvez para não
morrer de barriga vazia... Mas não tardou a jogar tudo de ontem e hoje no chão, um jato de vomito
que a deixou desorientada. Cambaleava e levantava-se para descer na próxima parada sem rumo.
Descera por traz, sem pagar passagem!
-Eu enojei, engoli seu vomito e ela talvez morrerá, disfigurada, negra, encachaçada pra conter a fome.
Há mais dinheiro pra uma dose de sofrer naquele corpo pouco e cheio de veias a parecer?
Sem que ao menos alguém passe e lhe ofereça um sorriso sem graça, a desgraçada mulher que foge todos os dias do amanhecer e anoitece nas ruas, na chuva, no ônibus, na minha e na tua desconfiança.
-Minha cabeça roda e explode nas minhas mãos... Eu não faço nada...
Escroto Amor
Que se jogou sob os trilhos de proposito, se estabacou!
bêbado, chapado, em chamas o Amor.
E ainda o chamam de benzinho, esse vil e consumidor dos ossos,
pélvis e mente. O Amor comedor de corações dança pra seduzir,
joga os cabelos ao vento, faz cara de safadeza, penetra com
os olhos e o Amor explode.
Dentro de nós causa sintomas de doente, aí tal hora fica bom,
saudável como uma criança malina que só brincar e rir. Corre,
corre, corre o Amor...
É aguerrido, enfrenta os mares mais perigosos, as quituras
de corar o coro. Eita Amor abestado
-tu te acaba, peste!
bêbado, chapado, em chamas o Amor.
E ainda o chamam de benzinho, esse vil e consumidor dos ossos,
pélvis e mente. O Amor comedor de corações dança pra seduzir,
joga os cabelos ao vento, faz cara de safadeza, penetra com
os olhos e o Amor explode.
Dentro de nós causa sintomas de doente, aí tal hora fica bom,
saudável como uma criança malina que só brincar e rir. Corre,
corre, corre o Amor...
É aguerrido, enfrenta os mares mais perigosos, as quituras
de corar o coro. Eita Amor abestado
-tu te acaba, peste!
Me atravessou
O oceano com suas águas salgadas e acidas,
viciou-me a carne. Contudo alegrou o meu sertão,
floresceu meus pequenos cactos, amaciou meus espinhos.
Um mar que corre dos seus dedos molhados
me fazem crer nalgum tempo em que foste
tu a deusa rainha das águas em que me banho
sem medo de afogamento.
Estava na beirada d'água quando suas ondas me
puxaram e me jogaram sem pudor aqui, nesse vilarejo
ribeiro onde dançam os velhos e jovens cultuam a tua imagem.
A beleza do teu colo sustenta a minha suposição, se ei de
morrer um dia que seja pelas tuas mãos lubricas o ressurgir da
mansão dos mortos!
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