quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Uma fórmula de garantir homeostase adequada

Aprender a usar o gatilho como 
estratégia de vida, não de morte. 

Não lançar a toda sorte nos confins
da subjevidade e deixar que o trauma prevaleça na potência dos encontros.

Todos os dias altas reflexões 
sobre como o bem viver pode ser de fato viver. 

Silenciar com consciência.
Aprender a lidar com paciência 
em presença e cuidado.
Na dificuldade, 
assegurar a mente das possíveis resoluções
Inclusive o direito de pirar.

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Frase de efeito

Acolhe-se nem sempre é uma tarefa fácil você olha
para a ferida diz: poxa, você tá feia viu 

Fogo de palha

Cor de mel
A íris 
Meu coração batendo forte 

Naquele lugar onde é fácil perder-se,
usei lenços e roupas penduradas na cintura
para que nalgum momento você me puxasse 
e assim fosse possível ficar perto dos seus olhos. 

Seu beijo não me interessa, muito menos seu corpo, 
mas se você fala mansinho e faz biquinho, já me contento toda. 

No começo senti vontade de tocar a tua pele radiante
naquele sol de quase madrugada; me revirava quando você jogava o cabelo e esquecia o sorriso pendurado no canto da boca. 

Ardia como fogo 
O sol quebrava o silêncio 
Você parece uma obra de arte: 
Pequena, indolor e profunda. 

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Instigada

Hoje é quarta um dia para confiar! 

Não me levanto rápido da cama, mas 
revejo as metas: um bom livro
para lê no ônibus.
 
Quero liberar essa sensação 
que desconforta, esse nó que custa desatar. 
E parar.

Aprender a não culpabilizar o afeto.
Descentralizar as relações.
Fluir naquilo que me disponho.
Manter o apreço pelas coisas pequenas.


As pessoas morrem fácil

Nada de colete à prova de balas.
Apenas uma topada qualquer pode ser fatal.
E mesmo com tudo isso, gostaria de quedar
minha cabeça em uma pedra e quem sabe 
descansar justamente como os defuntos 
sossegados em suas covas razoáveis em 
um cemitério longe de casa. 

Por que a triste me come os olhos?

Trabalho tanto que meus braços pequenos
não sustentam mais o peso das minhas mãos 
e minhas unhas. 
Afirmo que a tranquilidade não chega sob os
meus ombros e por vezes sinto que canto para 
os mortos, dançando Butoh. 

Vou delirando 
sobre os crânios sem massa cefálica ou sequer 
sinal de eletricidade, sem pós guerra, porque agora 
nesse tempo, tudo é guerra. 

Não quero conversar sobre isso com minha mãe, 
mas ela é a única que me ouve sem dizer que a culpa
é minha…
Em suas tarefas domésticas, o contato com
os animais e com as plantas, aparenta um não sofrimento… 

Mas é tudo mentira, porque ninguém está isente de mergulhar em uma profundeza tão cruel. 





Quando durmo

Aprendendo a gostar do efêmero  tanto quanto não me saciar no tempo  das coisas findas rapidamente.  E então me deparo, as vezes tarde demai...